A cidade de Estância, berço de grandes escritores e da rica tradição literária sergipana, reafirmou seu papel como polo cultural com a realização da II Feira Literária de Estância, promovida pela Academia Estanciana de Letras (AEL). O evento ocorreu na quinta-feira, 21 de novembro, na Quadra do Instituto Diocesano de Estância, e contou com um público diversificado, composto por estudantes, escritores, acadêmicos, artesãos e autoridades municipais.  

Como forma de estimular o hábito da leitura, os alunos presentes receberam vouchers para adquirir livros na feira, iniciativa que reforça o compromisso da gestão municipal com a educação e a formação de leitores. Além da venda de livros, a feira também contou com exposições de artesanato, quadros e apresentações culturais, proporcionando um ambiente de valorização da produção artística local.  

A feira foi marcada por momentos de celebração e homenagens. Durante a cerimônia, o poeta Enoque dos Santos, patrono desta edição, foi lembrado por sua contribuição à literatura estanciana. Além disso, a AEL empossou um novo membro, fortalecendo ainda mais o seu quadro de acadêmicos.  

A abertura oficial contou com a presença de autoridades, como o secretário municipal de Educação, João Luiz, e a secretária de Cultura e Turismo, Lidiane Nobre, que destacaram a importância de iniciativas como esta para consolidar uma política literária no município.  

O Papel Histórico de Estância na Literatura  

Estância, reconhecida por seu protagonismo cultural, carrega um legado significativo na literatura sergipana. Foi na cidade que surgiu o primeiro jornal do estado, o Recopilador Sergipano, em 1821, marco da imprensa e da difusão de ideias em Sergipe. Este histórico reforça a relevância da feira literária como continuidade de uma tradição que conecta o passado ao presente, valorizando a produção literária e artística.  

A feira reuniu escritores, poetas, cordelistas e intelectuais de diversas partes do estado, como José Anderson Nascimento, presidente da Academia Sergipana de Letras, Solange Gama, presidente da Academia Cristinapolitana e Humanidades, e Dalton Contador , presidente de honra da AEL. A presença de representantes de várias academias literárias reforçou o intercâmbio cultural entre as instituições.  

O público foi agraciado com apresentações dos alunos do Colégio Diocesano, recitais poéticos, apresentações musicais e performances culturais, tornando o evento uma celebração completa da arte e da literatura. Artesãos e artesãs estancianos também marcaram presença, expondo seus trabalhos e enaltecendo a diversidade cultural da cidade.  

A II Feira Literária de Estância consolidou-se como um espaço indispensável para a promoção da leitura, da arte e do diálogo cultural. Ao unir gerações em torno da literatura, o evento reafirma o compromisso de Estância em manter viva sua rica tradição cultural, projetando a cidade como referência no cenário literário de Sergipe.